A arte de comprar jornalismo, à descarada



Os 15 milhões de euros dos contribuintes portugueses, que o Governo PS liderado por António Costa, resolveu distribuir pelos orgãos de comunicação "dita" social, para comprar suportar o jornalismo, foram cuidadosamente distribuidos.

Seria interessante saber qual foi o critério seguido pelo Governo socialista para esta distribuição. Por exemplo, porque é que é o Público levou 8 vezes mais do que o Sol, e 15 vezes mais do que o Observador.

Aqueles que são "mais amigos" do Governo e da Cúpula de Lesboa, levaram a maior fatia (ex. Impresa e Bola). Os que são "menos amigos" do Governo e da Cúpula de Lesboa, levaram umas migalhas para disfarçar (ex. Observador e ECO).

Em qualquer Estado decente, democrático e de direito, isto era absolutamente impensável. Principalmente numa altura em que o país e os Portugueses passam por dificuldades, e se preparam para enfrentar uma das maiores crises económicas de sempre.

Mas na Repúblicas das Bananas tudo é permitido. O presidente da república and a banhos e às compras; o primeiro-ministro preocupado com eleições; o ministro das finanças a tentar arranjar o seu lugar ao sol. E o líder da oposição a ser ignorado (Rui Rio levantou este problema e ainda foi criticado).

Em tempos tão difíceis, e com tantos escândalos a envolver a política (de Tancos ao Novo Banco), como poderá a comunicação "dita" social escrutinar os políticos, se são eles que lhes pagam?

A Cúpula está bem e recomenda-se. Ela prospera cada vez mais, num país despojado de qualquer decência, de quaisquer valores ou princípios, onde não há vergonha na cara e já nem se disfarça o saque ao dinheiro dos contribuintes.

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